Casco de madeira de peroba rosada maciça, couro de boi com pêlo, corda de sisal, cunha de madeira de lei, aro de ferro.
Corpo de bambú, baqueta de bambú.
Corpo de biriba, dupla de castanhas do pará, baqueta de biriba.
Fundo de cabaça, cipó junco e sementes (olho de pombo, lágrima de Santa Maria, borboleta).
Fundo de cabaça e cipó junco ou piaçava, aro de chaveiro.
Fundo de cabaça e cipó junco ou piaçava, aro de chaveiro.
Côco babão, suporte de madeira, aro de chaveiro.
Côco babão, suporte de madeira, aro de chaveiro.
Par de grimas de madeira de biriba.
É a união que nos dá a força, e a bahia que manda o axé.
A capoeira é 80% cabeça e 20% corpo.
Categoria Feminina Graduadas
1° Lua Branca (União da Bahia)
2° Pulga (Herança Cultural)
3° Sabia (União da Bahia)
Quem treina tem sorte.
Pódio Atletas da Escola
Tramela (1° - Categoria Aluno Feminino)
Sabiá (2° - Categoria Graduado Feminino)
Torto (3° - Categoria Aluno Masculino)
Pódio Atletas da Escola
Sabiá (1° - Categoria Graduado Feminino)
Morceguinho (1° - Categoria Graduado Masculino)
O capoeirista corre. E ai daquele que correr atrás do capoeira.
Capoeira Camará
Minha Zabele
Tá beleza
Chora viola, eu também sou violeiro
Não Jogue Lixo Nas Ruas, Jogue Capoeira
Dendê Ô Dendê
Definição, origens e contexto social da prática da capoeira conforme apontado pelo dossiê, é difícil estabelecer uma definição sucinta da capoeira.
Ela se caracteriza como fenômeno multifacetado e multidimensional: dança, luta ou jogo, dependendo do momento histórico, do contexto imediato, dos
objetivos dos atores envolvidos. A historiografia, até este momento das pesquisas, no que se refere ao Rio de Janeiro, Salvador e Recife, define-a
como fenômeno urbano, surgido provavelmente nas grandes cidades escravistas litorâneas, entre crioulos e africanos escravizados ligados às atividades
de ganho
, na zona portuária ou comercial.
Importa ressaltar que, tanto no Rio como em Salvador, a capoeira surge na documentação histórica como prática associada à marginalidade social, porém a escravidão de ganho foi uma modalidade eminentemente urbana de trabalho compulsório, na qual os escravizados faziam durante o dia inúmeras atividades ligadas ao comércio ambulante, transporte de pessoas ou cargas e serviços manuais (incluindo ofícios especializados, como os de carpinteiro, marceneiro, sapateiro e alfaiate), devendo entregar ao fim do dia a seu dono uma quantia pré-determinada ou, em muitos casos, o total da renda obtida. Os proprietários urbanos muitas vezes possuíam apenas um ou poucos escravos, de cujo “ganho” dependiam para sobreviver. O ganho foi, ainda, uma das mais importantes maneiras dos escravizados comprarem sua carta de alforria, economizando o pouco que lhes restava acima da quantia diária estipulada para ser entregue aos senhores amplamente imbricada na vida política da cidade e do país, na medida em que os capoeiras envolveram-se na capangagem eleitoral e na Guerra do Paraguai.Os capoeiras mantinham, assim, relações ambíguas com as camadas dominantes, fazendo muitas vezes seu “serviço sujo” quando necessário, e em outras ocasiões batendo-se abertamente contra os agentes da ordem (em um processo que foi, segundo os historiadores João José Reis e Eduardo Silva, um padrão recorrente na estratégia de sobrevivência da população negra no Brasil escravista, a oscilação entre a negociação e o conflito).
Algumas diferenças são importantes, contudo. Na Bahia, nunca houve uma polarização de grupos rivais equivalente às maltas de capoeiristas que apavoravam as elites da Corte (os Nagoas e os Guaiamuns) ou às bandas militares e bandas dos "clubes de rua", ligados às corporações de ofícios artesanais urbanos, que se apresentavam no carnaval e outras festas públicas do Recife, e de cujas coreografias teria surgido o passo do frevo. Por outro lado, a ligação com o universo da rua, seja através do trabalho na estiva, como carregador, carroceiro, pedreiro, marceneiro, peixeiro e outros, seja nos momentos de lazer nas "festas de largo", vinculava a capoeira na Bahia, de forma mais estreita, a práticas culturais de origem africana, como os batuques e as religiões de matriz africana. Isto a tornava, ao menos aparentemente, mais próxima da "vadiação", da brincadeira, do jogo, mantendo também, de forma mais pronunciada, seu aspecto ritualístico.
No entanto, a partir de 1890, quando a capoeira foi criminalizada através do artigo 402 do Código Penal, a repressão policial abateu-se duramente sobre seus praticantes, em consonância com o projeto republicano "higienizador" e europeizante de construção de um Brasil "civilizado". Outras práticas socioculturais afro-brasileiras, como o samba e os candomblés, foram igualmente perseguidas. A dimensão de resistência cultural negra na capoeira se dá, assim, mais do que no conflito aberto com a ordem (como luta), na manutenção de valores, de formas de ser e estar no mundo, fundados na sociabilidade afro-brasileira vigente no mundo das ruas – valores estes plasmados no próprio corpo do capoeira, através do movimento fundamental, a ginga, que tão bem sintetiza a ambigüidade e a “malandragem” do capoeira, na roda do jogo como na da vida.
(Leia mais em Registro da Capoeira como Patrimônio Cultural do Brasil)
Os pesquisadores demonstraram que, através da fundação do Centro de Cultura Física e Capoeira Regional da Bahia, por Mestre Bimba, em 1937, e do Centro Esportivo de Capoeira Angola, em 1941, pelo Mestre Pastinha, a capoeira começou a deixar de ser uma vadiação de rua para tornar-se uma prática esportiva ensinada através de métodos próprios, em academia, com horários fixos. (Leia mais em Registro da Capoeira como Patrimônio Cultural do Brasil)
O Centro Cultural Esportivo e Educacional União da Bahia Capoeira foi fundado ao final de 1996 na cidade de São Paulo, no bairro de Itaim Paulista na zona leste desta capital (Registro: Registro de informações do grupo e entidade). Teve como seus fundadores Mestre João e seus dois formados, os irmãos Mestre Sombra e Mestre Aventura (in memoriam), ambos bahianos que vieram para São Paulo com mais irmãos Mestre Sorriso (in memoriam) e Formado Marquinhos (in memoriam). As academias de todos foram unificadas para formar o centro cultural presidido pelo Mestre João, que em 2001 passou a ser presidido pelo Mestre Sombra e pelo Mestre Aventura.
Eram adotados a capoeira tradicional paulista e o sistema de graduação da Federação Paulista de Capoeira, porém, em 2002, a escola aderiu a capoeira contemporânea mudando do sistema de cordão das cores da bandeira para o sistema de cordas de tecido de até duas cores, usado até hoje. Nesta mesma época os hoje Professores Kabeça e Vermelho vieram fazer parte da escola, foram as sementes dos trabalhos que eles mantém ativos desde então nas suas localidades.
Em 2006 o Mestre Aventura veio a falecer, e o Mestre Sombra, por problemas de saúde, teve que se afastar da presidência, passando a responsabilidade do trabalho a um dos seus alunos mais velhos: Gafanhoto, a época Instrutor e hoje Contramestre, que idealizou a retomada da Roda de Mês da Praça do Forró que ocorria em São Miguel Paulista na década de 80, mantendo viva uma expressão histórica da capoeira da zona leste.
Desde então o Contramestre vem dando continuidade ao trabalho junto aos seus alunos novas gerações e gerações de capoeiristas. Hoje comemoramos 26 anos de fundação da escola, 16 anos de roda de mês da praça do forró, formaturas de novos professores e trabalhos nos estados de São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul no Brasil e nas cidades de Artigas e Rivera no Uruguai.
As atividades desempenhadas pelos nossos profissionais vão desde oficinas, campeonatos, rodas de rua, apresentações culturais, palestras temáticas, ministração de aulas, confecção de instrumentos musicais de capoeira, artesanato e acessórios para a prática das diversas manifestações em geral. Na sua trajetória a escola ocupou equipamentos públicos, coletivos e privados, com o objetivo de a cultura popular como escolas, academias, ginásios de esportes, clubes esportivos, praças, teatros, entre tantos outros realizando a difusão da capoeira pelos diversos métodos e formatos que desenvolvemos nesse tempo.
Nosso público inclui crianças de todas a partir dos três anos de idade, adolescentes, adultos, idosos, PCDs, praticantes que se afastaram, pessoas que nunca praticaram e simpatizantes de todas as idades, levando todos os benefícios que a capoeira traz nas diversas áreas de conhecimento e capacidade humana aos interessados. Os interessados podem entrar em contato pelo menu Associação escolhendo a opção correspondente ao propósito desejado e submetendo as informações mínimas pelo formulário de contato.
O trabalho com a capoeira é relevante para (leia mais em Registro da Capoeira como Patrimônio Cultural do Brasil):
Os cursos de formação do aluno tem a categoria mirim, que vai de 3 até 7 anos completos de idade. Seu nível é simbolizado pelo uso de cordas de tecido cruas com a ponta colorida, com progresso na seguinte ordem: ponta cinza, ponta amarela, ponta laranja, ponta azul e ponta verde; a categoria infantil, que vai de 8 até 14 anos completos de idade, tem o nível marcado pelo uso de cordas metade cruas e metade coloridas, progredindo na seguinte ordem: meio cinza, meio amarela, meio laranja, meio azul, meio verde, meio roxa e meio marrom; e a categoria adulto, a partir dos 15 anos de idade, tem seu progresso pelo uso de cordas parcialmente ou completamente coloridas na seguinte ordem: cinza, cinza e amarela, amarela, amarela e laranja, laranja, laranja e azul.
Ao concluir o curso de formação o aluno recebe o título de aluno graduado e pode iniciar o curso de formação de instrutor. Nesse curso o seu progresso é simbolizado pelo uso de corda de cor completamente azul, depois de corda azul e verde; Ao concluir o curso de formação de instrutor o graduado recebe o título de instrutor de capoeira e pode iniciar o curso de formação de professor. Nesse curso o seu progresso é simbolizado pelo uso de corda de cor completamente verde, depois de cor verde e roxa.
Ao concluir o curso de formação de professor, o instrutor recebe o título de profressor de capoeira e pode iniciar o seu curso de formação de contramestre. O seu progresso é simbolizado pelo uso de cordas coloridas completamente na cor roxa, depois de cor roxa e marrom; Ao concluir o curso de formação de contramestre o professor recebe o título de contramestre de capoeira e pode iniciar o curso de formação de mestre. Nesse curso o seu progresso é simbolizado pelo uso de corda colorida completamente na cor marrom, depois de cor marrom e vermelha.
Ao concluir o curso de formação de mestre, o contramestre recebe o título de mestre de capoeira. Neste nível o seu progresso é simbolizado pelo uso de cordas coloridas na seguinte ordem: vermelha, vermelha e branca e branca. Quando o capoeirista já obteve título de formação em outra escola ele recebe o título provisório de estagiário e tem iniciado o curso de equiparação, este estágio é simbolizado pelo uso de corda colorida com as cores branca e preta.